segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Véspera de ano novo. Avaliações...reflexões...penso o quanto eu gostaria de me conectar mais com as belezas da vida. Penso em Rubem Alves e seu texto do “ano a mais de vida”. Penso em meu pai. Penso nas imperfeições humanas, minhas, nossas...Penso nos redemoinhos de dor aos quais nosso próprio pensamento nos submete. Penso que quero ver melhor, que quero fazer o que me faz feliz. Penso em escrever ainda mais.

Pensando nisso...penso no blog, nessa nova tentativa de manter um blog, porque escrever é como regar a flor de dentro, porque de algum modo colocar flores aqui talvez seja melhor que não colocar...porque nunca teremos o controle sobre o que acontece às coisas que criamos...sejam pequenas ou grandes...romances, parágrafos, bilhetes de despedida etc...

Ser escritor é escrever como quem rega a flor do peito.

Não sei se chegarei a ser uma das que são chamadas em bienais
Não sei se me reconhecerão ou me convidarão para prefácios importantes
Mas a literatura, seja essa da informalidade, seja a ficção, seja para crianças crescidas ou adultos ainda pequenos...ela é necessária à despoluição dos jardins, “escrever é um tesouro” como disse bem Mario Vargas Llosa...o reconhecimento é bom, mas ele não é o que faz um bom escritor, necessariamente.


Neste ano que chega pretendo regar com carinho todos os meus jardins, e fazer como Quintana, esperar as borboletas chegarem, em vez de caça-las.