Véspera de ano novo. Avaliações...reflexões...penso o quanto
eu gostaria de me conectar mais com as belezas da vida. Penso em Rubem Alves e
seu texto do “ano a mais de vida”. Penso em meu pai. Penso nas imperfeições
humanas, minhas, nossas...Penso nos redemoinhos de dor aos quais nosso próprio
pensamento nos submete. Penso que quero ver melhor, que quero fazer o que me
faz feliz. Penso em escrever ainda mais.
Pensando nisso...penso no blog, nessa nova tentativa de
manter um blog, porque escrever é como regar a flor de dentro, porque de algum
modo colocar flores aqui talvez seja melhor que não colocar...porque nunca
teremos o controle sobre o que acontece às coisas que criamos...sejam pequenas
ou grandes...romances, parágrafos, bilhetes de despedida etc...
Ser escritor é escrever como quem rega a flor do peito.
Não sei se chegarei a ser uma das que são chamadas em
bienais
Não sei se me reconhecerão ou me convidarão para prefácios
importantes
Mas a literatura, seja essa da informalidade, seja a ficção,
seja para crianças crescidas ou adultos ainda pequenos...ela é necessária à
despoluição dos jardins, “escrever é um tesouro” como disse bem Mario Vargas
Llosa...o reconhecimento é bom, mas ele não é o que faz um bom escritor,
necessariamente.
Neste ano que chega pretendo regar com carinho todos os meus
jardins, e fazer como Quintana, esperar as borboletas chegarem, em vez de
caça-las.
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